ESCREVER, PRA MIM, É...
Brasília, 10/10/2008
Para minha amiga Olga Suely, com carinho.
Escrever, pra mim, mais que uma técnica é uma tática de desvencilhar-se do mundo e devanear pelo país das quimeras, dos sonhos e fantasias. É esquecer um pouco esse mundo cruel, ou, quiçá, aventurar-se mergulhando mais e mais no abismo dessas realidades tão duras. Enfim, escrever, pra mim, é poder estar em afilamento e compulsar as páginas das almas e sentimentos humanos. Escrever é viver, é sentir-se vivo. Escrever é entregar-se em tudo ao seu todo, e sentir que mesmo sendo uma gota d'água faz diferença num oceano onde todos buscam o sentido do existir. Escrever, pra mim, é não admitir-se como pusilânime diante das injustiças e dores dos pequenos e pasmar-se ao sentir-se tão pequeno quanto.Escrever, portanto, é amar, tal como o fluido que alivia os atritos das engrenagens, e deixar-se amar, como a pétala que abraça carinhosamente o zangão quando este, num rito de prazer e cumplicidade, reverente e liturgicamente, vem beber o seu néctar, possibilitando a continuidade da vida.
Brasília, 10/10/2008
Para minha amiga Olga Suely, com carinho.
Escrever, pra mim, mais que uma técnica é uma tática de desvencilhar-se do mundo e devanear pelo país das quimeras, dos sonhos e fantasias. É esquecer um pouco esse mundo cruel, ou, quiçá, aventurar-se mergulhando mais e mais no abismo dessas realidades tão duras. Enfim, escrever, pra mim, é poder estar em afilamento e compulsar as páginas das almas e sentimentos humanos. Escrever é viver, é sentir-se vivo. Escrever é entregar-se em tudo ao seu todo, e sentir que mesmo sendo uma gota d'água faz diferença num oceano onde todos buscam o sentido do existir. Escrever, pra mim, é não admitir-se como pusilânime diante das injustiças e dores dos pequenos e pasmar-se ao sentir-se tão pequeno quanto.Escrever, portanto, é amar, tal como o fluido que alivia os atritos das engrenagens, e deixar-se amar, como a pétala que abraça carinhosamente o zangão quando este, num rito de prazer e cumplicidade, reverente e liturgicamente, vem beber o seu néctar, possibilitando a continuidade da vida.