Sexta-Feira
Onde andam os verdadeiros culpados?
Pago por algo que foge da minha imaginação
Você que mora entre os corações frágeis
Diga-me se derrotarei um dia essa solidão?
Hoje ao voltar para onde resíduo
Senti algo rasgando dentro do meu peito
O desmancho da minha alma
Foi anunciado por uma lágrima
A discordância do passado
Fez-me apenas uma pergunta
Por que o amor nos machuca tanto?
Não tenho essa resposta
O que devo fazer?
Se depois de pensar
Vejo tudo que me faz sofrer
Nada me traz escolhas
E para onde olho
Ardentemente me vem o desejo de morrer
Tudo que veio e ficou em minha vida
Transformou-me em ser um estranho
Obrigando-me a compartilhar
Um sentimento profano
Onde andam os que amam de verdade?
Que para se completarem
Arrumam um modo de esquecer-se das falsidades
E para amargurar todo o meu contrário
Essa sexta-feira se iguala as demais
Senhor das trevas
Peço lhe humildemente
Que termine essa noite
Com uma bela chuva
Quero poder dormir tão bem
E sentir que longe desse mundo
Estou próximo das estrelas e da lua.