O PREÇO DA SABEDORIA
Não sou negocista do ouro cravado em meu solo emotivo;
Porque meu motivo se talha nas páginas que o olho não lê;
Quando me vejo a escrever sinto absorver ares do lenitivo;
E aqui não há pejorativo, nem vingança ao que possa me desmerecer!
Estou contente com meus limites e obscurantismos;
Sei dos otimismos, que igualmente nutrem as ambições;
Mas só tenho aspirações proporcionais aos meus idealismos;
Eles me mantém vivo e não supostas qualificações!
Aqui não há espaço para luzes que suplantem minhas sombras;
É que minhas redomas de vaidade são singelas às extremas;
Nos meus poemas o mar não termina na quebra das ondas;
Aqui por minhas contas, unidades são mais fartas que centenas!
Só me permito algum descomedir se for de introspecção;
Qualquer veneração ao Deus do céu eu julgo sempre mais cabível;
Minha ilusão é factível, me sinto um monte permanecendo um grão;
Discernir o preço de cada sedução, pra ser cobrado conforme meu nível!