VOZES DO SILÊNCIO

Quando estou na mais ampla quietude,

Tão solitário nos meus aposentos,

Absorto ficO em toda a plenitude

Então, me afloram todos os lamentos

Essa mesma hora a mim parece rude;

As coisas que são ruins têm aumento

Maior é a dor, sofrer mais amiúde

Toda a minha alma passa por tormento.

Mas de uma forma assaz paradoxal,

Contraditória além do que é normal,

Ouço o silêncio; são vozes possantes

Que me alentam: “Tu não estás, sozinho!

Protegerei os passos teus pelo caminho

Ao qual fores em todos os instantes!”

JOÃO OSMAR
Enviado por JOÃO OSMAR em 10/03/2006
Reeditado em 10/03/2006
Código do texto: T121454