VOZES DO SILÊNCIO
Quando estou na mais ampla quietude,
Tão solitário nos meus aposentos,
Absorto ficO em toda a plenitude
Então, me afloram todos os lamentos
Essa mesma hora a mim parece rude;
As coisas que são ruins têm aumento
Maior é a dor, sofrer mais amiúde
Toda a minha alma passa por tormento.
Mas de uma forma assaz paradoxal,
Contraditória além do que é normal,
Ouço o silêncio; são vozes possantes
Que me alentam: “Tu não estás, sozinho!
Protegerei os passos teus pelo caminho
Ao qual fores em todos os instantes!”