Duas em uma
Sou uma só pessoa ?
Ou habita, misteriosamente, em mim
No secreto recôndito da alma
Outra mulher, parecida assim?
Caliente, sorridente e bem amada
Nas minúcias reservas do destino
Encosta-se nos umbrais da entrada
Da bendita e serena felicidade
Não se furta em fugir das sombras
Nas ternas e suaves melodias
Sem cair em cruéis e tristes melodramas
Sobressaindo em rimas reais de alegria
Mata sabiamente sua sede em energia
Saqueia, sua fome, sem nenhum langor
Na extensa, curiosa e atrativa magia
Em oceano azulado de ternura e amor.
Inflamas, totalmente e sem censura
E enleva-se em um denso encontro
Costura prós e contras da clausura
Releva o enlevo de cada salgada onda
Súbita, acaricia aquela mente
Do tal tirano arrebatador de maldições
Desce e sobe em conceitos nobres
Tira máscaras de invioláveis tensões
Encadeia toda natural beleza
Na grandeza de suas emoções
Sem rodeios se mostra inteira
E agradece, em súplicas e orações.