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O fim...

Será como a gota d´água

a secar impassível ao calor do sol?

Ausência de memórias?

Ou todas elas avalanche a disputar

cada palmo da bruxuleante consciência?

Sou boneco de corda que sonha

sonhar encontrar o criador dos sonhos

Apertar-lhe a mão para sentir se

tudo não passa de um sonho

Ainda que meu coração — esse relógio de pulso

comigo a cada impulsiva batida dos segundos —

seja forte diante dos ecos de tão montanhosa nostalgia,

far-me-á um simplório vapor a deslizar suavemente na dissipação

Sem medo, sem alegria

Se ao fechar meus olhos

Eles se mantiverem abertos

Exaltarei as bodas do silêncio

Com elas sentir-me-ei um corpo oco de existência

Mas pleno de vida atrevida