OFENSAS AOS VERMES

Há movimentos que agridem

Gestos impensados,

Irreparáveis, premeditados...

Em nome de um “deus” inexistente.

Tem-se como adoração o verbo castrar.

Castram-se o direito de pensar da mulher,

O livre arbítrio do homem,

Cérebros de inocentes crianças

Em nome de uma pseudopátria feliz...

Mãos, pés, cabeças ceifadas,

Em nome da honra de um povo

Ai de quem a isto se oponha!...

Criam-se vermes, sem querer ofendê-los.

Vermes não têm cérebro, são vazios, ocos,

Enquanto aqueles estão providos dele;

Mas não sabem como utilizá-lo.

Atentados, homens-bombas,

Convictos debilóides

Dirigidos por covardes líderes

Jogam por terra

O que mais precioso têm, a vida...

Como poderosos detergentes

Fazem lavagens cerebrais

Mostram uma eficácia,

Deixando seus submissos

Totalmente, vazios, rasos.

É a liquefação das palavras

Anulam-se todos os códigos

Graças ao “líquido doentio”

Instilados ou vomitados

Por minoria reinante...

Falsos líderes, crápulas da humanidade,

Canalhas sequiosos em busca

Frenética do poder.

Morrem a míngua sorridente,

Em cavernas com luxúrias atraentes.

Entocam-se como vírus malignos

Transmitem ordens a distâncias,

Como num clique de controle remoto,

Aos capachos, trapos humanos escravizados,

Próprio dos pulhas, dos covardes.

Espalham pânico pelo mundo

Em forma de terror...

Querem se transformar em “mártires sensíveis”,

Mas sempre serão desprezados pelos racionais!...

E pensar que Deus criou o Mundo

E gerou o Homem... Para quê?...

DEZ 2001

Pedro Costa
Enviado por Pedro Costa em 26/09/2008
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