A VOZ DO OTIMISMO
Não vejo um só motivo para me submeter aos meus temores;
Sendo eles o invólucro dos dissabores, jamais violo seus lacres;
Cego e surdo aos meus íntimos massacres, ignoro meus horrores;
Prefiro aderir às cores, fugindo do mundo incolor e seus ataques!
E não entendo essa compostura como se fora um ardil da covardia;
Se priorizo a alegria, penso que me dou mais lucrativo investimento;
A vida se abrevia sob maus sentimentos, porque almeja galhardia;
A vida a própria morte seria, se apenas respirasse abatimento!
Porque a verdadeira coragem não mora nos palcos dos impulsos;
E a força briosa dos pulsos consiste na perseverança;
Olhar o futuro com olhos de criança, é o mais poderoso dos recursos;
E o melhor dentre os discursos, é o que nos induz à esperança!
Por isso, apenas de longe eu avisto meus medos;
Aprendendo com os erros, nutrindo bons idealismos;
Atento aos tantos abismos, querendo sonhos e não pesadelos;
Cultivando virtudes com zelos, respirando otimismo!