A VOZ DO OTIMISMO

Não vejo um só motivo para me submeter aos meus temores;

Sendo eles o invólucro dos dissabores, jamais violo seus lacres;

Cego e surdo aos meus íntimos massacres, ignoro meus horrores;

Prefiro aderir às cores, fugindo do mundo incolor e seus ataques!

E não entendo essa compostura como se fora um ardil da covardia;

Se priorizo a alegria, penso que me dou mais lucrativo investimento;

A vida se abrevia sob maus sentimentos, porque almeja galhardia;

A vida a própria morte seria, se apenas respirasse abatimento!

Porque a verdadeira coragem não mora nos palcos dos impulsos;

E a força briosa dos pulsos consiste na perseverança;

Olhar o futuro com olhos de criança, é o mais poderoso dos recursos;

E o melhor dentre os discursos, é o que nos induz à esperança!

Por isso, apenas de longe eu avisto meus medos;

Aprendendo com os erros, nutrindo bons idealismos;

Atento aos tantos abismos, querendo sonhos e não pesadelos;

Cultivando virtudes com zelos, respirando otimismo!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 25/09/2008
Código do texto: T1196237
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