O Tempo Passa !
Amargurado encontrei meu eu,
Que de tanto competir com a realidade,
Cansou-se! E, o que doía, resquícios de Prometeu,
Findou-se! Que, com melancolia, deixou minha sanidade.
Seguindo às veias que levam ao coração,
No vai e vem da corrente sanguínea,
Sinto a embriaguez da solidão.
Agora corro contra o tempo!
Sinto a força da gravidade que me atinge,
Causando aos meus átomos um tormento.
Vejo que o corpo tende a se desagregar.
A vida não pára, é uma continuação.
Por isso, sou levado a pensar,
Que tudo não passa de ilusão.