Chamas da vingança

Chamas da vingança

Hoje a noite é de matança

Como um lobo sanguinário

A voz anuncia:

“Vim lhe fazer companhia...”

Quando a fúria dança com o vento

Corações de aços temem esse momento

De inúmeras emoções o que marca são as decepções

A vingança se alimenta das lembranças

As esperanças dão de brinde novas presas

Conheça tudo e tema qualquer coisa que aconteça

Quem acha que faz o próprio destino

O filho da morte disso estará sempre sorrido

O céu não esta estrelado

O homem que um dia esteve apaixonado

Carrega hoje um coração atormentado

Que deixa por onde passa

Marcas de uma escravidão

Simplesmente, sinais da humilhação

Vivida em outra vida

Ou talvez uma história mal resolvida

O império criado na solidão

Mostram as almas que vagam em vão

Quem é você que arrasta consigo a própria morte?

A sua luz não brilha

Mas o seu fogo queima tão forte

Que derreteria todo o pólo norte

Por que se fascina ao ver que colheu bem o seu plantado?

O sofrimento resulta um momento de desespero

Ou um amor mal brotado

Tudo obra do ferimento

Que pelo tempo não foi curado

Como o aroma do perfume você vaga suavemente

E quem estiver próximo

Sabe que aqui ou ali estará sempre presente

Nem o maior dos abismos profundos

Seria tão suficiente para despejar o ódio

Que do seu coração inunda partes do imenso mundo

Você não é a sorte

Nenhum coração seria tão forte

Para vencer as trevas

Que carrega o olhar da morte.

DiaNublado
Enviado por DiaNublado em 18/09/2008
Reeditado em 08/04/2010
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