COMO EXPLICAR O AMOR...

“O amor perambula pela Terra, olhos vendados, lábios cerrados. Não podemos explicar por que amamos; o coração não fala ...sente..."

Robert Schumann, o Poeta da Música.

Amor... palavra muito invocada

A todo instante no vozerio dos homens

Manipulada pelos artesãos das palavras

Que tentam persuadir aos amantes

Atingindo a essência da imaginação

Criando grandes emoções

Nos palpitantes corações.

Questionamentos sem fim, surgem:

Enumerá-los, torna-se difícil...

Explicar o subjetivo, mais ainda.

É algo sublime, foge a compreensão...

Por se tratar de emoção

É coisa para ser sentida,

Mas omissos não podemos ficar

Assim falemos de alguns momentos:

Amor a DEUS

Este é sempre lembrado

Somente em casos desesperadores

Ou em grandes dificuldades...

É o “salvador da pátria”.

Há muita gente que nem o conhece!...

É o CONCRETO sempre presente no mundo.

Uma das ironias da vida...

Amor à HUMANIDADE

Este é contraditório, teórico...

Não dá para se entender.

Lançam-se pedras, a seguir o pão.

Outra ironia da vida...

Amor PAIXÃO

Este é pura ilusão

Simboliza ciúmes, palco de desconfianças.

Pertencem aos falsos românticos

Dizem que é tempero.

Entre alguns outros sonhadores

Toma a forma de zelo...

Autêntico paradoxo.

Amor PLATÕNICO

Este se aproxima do real sentido...

É troca, desinteresse,

Sentimentos espontâneos...

Basta, portanto, saber cultivá-lo...

Amor SENSUAL

Este é movido por emoções desenfreadas

Não se mede conseqüências

É juntar o útil ao agradável

Pode ser eterno, duradouro, como queiram.

É o fiel da balança, dizem...

Mas como tudo na vida,

Não há regras sem exceções,

Pode se transformar em fisiologia da vida...

Ao fato dele perambular

Aos quatro cantos do mundo

À procura de hospedeiros

Disto não se pode contestar.

Para o nosso Poeta da Música

Ele extrapola fronteiras;

É retratado, solenemente, pelos seus dedos,

Com harmonias artísticas perfeitas.

Leva aos corações dos amantes

Ao som de seus Estudos Sinfônicos

O que apenas quis explicar,

Ou seja, o que a gente sente...

Ano 1999

Pedro Costa
Enviado por Pedro Costa em 16/09/2008
Código do texto: T1181549