Arcanja

Vestida como uma rainha

não se cansa de cantar.

Não se importa mais com a vida

Pois ela lhe ensinou a ser má.

Seus olhos são azuis, límpidos

Como a Água que rodeia seus pés,

Formando um grande lago

A qual flutua, anda pela água

Sem nem ao menos toca-lá

Afastando-se do mundo como

Um ser puro, santo e intocável.

Seus cabelos são escuros e lisos

Jogados para trás e ao mesmo tempo

Para cima, pois o vento que ela trás nas

Mãos, parecem brincar com eles e com seu corpo

Pairando-o no ar, à cima da água de onde ela surgiu.

Seu vestido, todo branco, é reluzente como

A luz que ilumina o seu olhar,

Clareando a escuridão do mundo

A qual não pode ajudar.

Carrega em seu rosto uma expressão

De tristeza, pois o mundo que

Conhecia, já não tem mais beleza.