Originalis

quero-te escrever

o quê ainda já foi escrito

nunca

do passado em espiral

para sempre

versos como notas

em quase

resquícios

de extravasos

de olhares e sentires

notas como prosas

musicadas

por teus olhos

tímidos

em flutuações verdes

vívidas

acordes dissonantes

línguas distantes

semelhantes

em mímeses

de idéias discordantes.

quero-te na dessemelhança

que nos une

o universo

no mistério

do Uno

em vários

tempos idos

devires

entrelaçados

da origem

de sermos

o desconhecido.

Ana Paula Perissé
Enviado por Ana Paula Perissé em 05/09/2008
Código do texto: T1163226
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