Originalis
quero-te escrever
o quê ainda já foi escrito
nunca
do passado em espiral
para sempre
versos como notas
em quase
resquícios
de extravasos
de olhares e sentires
notas como prosas
musicadas
por teus olhos
tímidos
em flutuações verdes
vívidas
acordes dissonantes
línguas distantes
semelhantes
em mímeses
de idéias discordantes.
quero-te na dessemelhança
que nos une
o universo
no mistério
do Uno
em vários
tempos idos
devires
entrelaçados
da origem
de sermos
o desconhecido.