Sofrer pela absoluta incerteza aparente
Quem dera ser uma gaivota dançarina
Perdida na corrente marinha
Determinantemente tímida e retraída
Sofrendo penas que foram sacadas
Do medo que volta e esquece.
Quem dera fosse a vida:
a reta mais curta e correta
Destino de um caminho completo
Unificação da forma esculpida e incerta
Personificação de um vôo sem volta.
Quem dera fosse a vitória
A guerra permitida e sucumbida
A devoção de uma luta secreta
O mar dos desejos contidos...
Apenas sentir o que mais nem sente
Sem saber ao certo que tenta
Esquecer ou amar para sempre
O tempo segundo que vibra
Aquele mergulho que toma.