TALVEZ
TALVEZ
Não sei por que, e nem
De onde me vêm,
Este sentimento,
Este pudor,
De ter pena
Dos que riem à toa,
Pois me dói o efêmero
Do esgar de suas bocas.
Ou talvez não seja dor
Ao que chamo de doer;
Apenas um sentir
Sem sentido,
Ausência de fantasia
Nestes sentimentos meus,
Cais de partidas
E de chegadas feitas de adeus.
Eduardo de Almeida Farias
18.7.2006