Estupidez
O pó saltando nas pernas
Pelo vento rude e cinzento da cidade grande
E todo sos pequenos perdidos
Bailando sem nenhuma canção
Correndo atrás do ganha pão
Perdendo todo o seu tempo
Nem lembrando de alimentar o coração
E se o velho há de atravessar a rua,
Não há tempo para ajudá-lo,
Pois o tempo corre demais, ingrato e insensato,
Pois se morre de fome a cada segundo perdido,
E aquele prédio construído cai ao chão,
Pois feito por um robô sem coração.
E agora qual a solução?
Já que a poeira levanta de novo,
E a chuva não cai mais,
O medo decorrente e o amor ausente
Pois não há tempo para amar aqui!
Há fome, desespero e preocupação.
O farol fica vermelho aumenta a tensão
E cadê a calma onde está?
Talvez foi usada como parte do pagamento do imposto,
E há imposto para tudo, há sempre uma taxa,
Que desgosto!
Aqui se paga para nascer, viver e morrer,
Essa é a cidade grande.
Estúpida, grande cidade estúpida!
Osmar Marques