Estupidez

O pó saltando nas pernas

Pelo vento rude e cinzento da cidade grande

E todo sos pequenos perdidos

Bailando sem nenhuma canção

Correndo atrás do ganha pão

Perdendo todo o seu tempo

Nem lembrando de alimentar o coração

E se o velho há de atravessar a rua,

Não há tempo para ajudá-lo,

Pois o tempo corre demais, ingrato e insensato,

Pois se morre de fome a cada segundo perdido,

E aquele prédio construído cai ao chão,

Pois feito por um robô sem coração.

E agora qual a solução?

Já que a poeira levanta de novo,

E a chuva não cai mais,

O medo decorrente e o amor ausente

Pois não há tempo para amar aqui!

Há fome, desespero e preocupação.

O farol fica vermelho aumenta a tensão

E cadê a calma onde está?

Talvez foi usada como parte do pagamento do imposto,

E há imposto para tudo, há sempre uma taxa,

Que desgosto!

Aqui se paga para nascer, viver e morrer,

Essa é a cidade grande.

Estúpida, grande cidade estúpida!

Osmar Marques

Liomac
Enviado por Liomac em 27/08/2008
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