Quero ser inédito,
Santo novo em procissão...
Andar de um lado para outro
Sem identidade, sem explicação.
Em qualquer metropóle,
Não escutar bom dia nem boa noite
Desconhecido ao passante inerme
Escapar livre ao corte do açoite.
Quero ser inédito, despir passados
Sequer reconhecer meu rosto na fotografia
Meu corpo restará glorificado
Nos labirintos da minha mitologia.