O Silêncio do Desprezo
Queima-te ao fogo que lançada foi tua alma
às imperfeições dos perfeitos infelizes
Desprezada foi a cólera do teu irmão,
que da agua turva bebeu o choro da mãe
Dispensados foram os teus serviços
Teu caminho siga e viva a ignorância dos ingratos
Esqueceram de ti
Esqueceram até do fel que amarga tua dor
Meu asqueroso palor agora ri, ri de ti,
mendigando tapas da maldição absolvida
mergulhando em sonhos da ilusão sofrida
inventado estórias sobre o teu clamor
Passado o desespero!
Levanta teu corpo debilitado e ergue tua cabeça
esquecida
Confiando no caminho da mansão desconhecida
Chorando à morte a desgraça que é tua vida
Mas volta e meia uma mão te afaga
Suja tua boca que tá limpa de malária
O melhor ainda há por vir
Na carne ou na alma?
Tua podre arrogância já te fala: As duas