Crítica ao Comportamento

Pobre verso não escrito

Ultimamente queimam palavras,

evitam risos,preferem coléra...

lançada a sorte

Ó poeta maldito, por que morreste?

Porque fostes embora?

Esperamos que daí possa escrever...

nossa desgraça

Abre um livro, rabisca o meu destino

Muda o imutável, alegra o infeliz,

Das doces labutas, das promeças fajutas,

do falso aprendiz que se faz um homem,

que se julga um irmão

É daí que nasce a náusea

Orgulho da alma e a pompa infinita

É isto que se resume a existência!

Alegria jogada ao luto

Textos e falas perdidas no espaço

Laços partidos por pequenos mimos

Mentes abraçadas pelo abandono infindo

Mergulhados estamos no ácido divino,

no escurecer de uma flor,

no murchar de um poeta, no morrer de um cantador!

O desespero torna à alma

Meu pincel, meu papel, minha tinta, minha cor

Preciso deles, ó minha vida

Preciso eu do teu amor!

Mas se numa faísca

de arrependimento

Eu me jogar a vossa dor

Desgraçado eu estarei, incólume, desventurado,

perdido no tempo do estrago

forçado a sentir o meu calor

Calor que gela, gela a alma

O despertar da minha morte vos assombra

Meu corpo ébrio e fragil,

deitado como algo frugal

Frustrado e com os olhos rubicundos

cheios de lágrimas, por não ter ferido a dor

Dor eu te imploro, não me abandone

Ainda que eu não seja digno de te sentir...

venha até a mim!

Batinga de Mendonça
Enviado por Batinga de Mendonça em 25/08/2008
Reeditado em 11/10/2008
Código do texto: T1145476
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