Crítica ao Comportamento
Pobre verso não escrito
Ultimamente queimam palavras,
evitam risos,preferem coléra...
lançada a sorte
Ó poeta maldito, por que morreste?
Porque fostes embora?
Esperamos que daí possa escrever...
nossa desgraça
Abre um livro, rabisca o meu destino
Muda o imutável, alegra o infeliz,
Das doces labutas, das promeças fajutas,
do falso aprendiz que se faz um homem,
que se julga um irmão
É daí que nasce a náusea
Orgulho da alma e a pompa infinita
É isto que se resume a existência!
Alegria jogada ao luto
Textos e falas perdidas no espaço
Laços partidos por pequenos mimos
Mentes abraçadas pelo abandono infindo
Mergulhados estamos no ácido divino,
no escurecer de uma flor,
no murchar de um poeta, no morrer de um cantador!
O desespero torna à alma
Meu pincel, meu papel, minha tinta, minha cor
Preciso deles, ó minha vida
Preciso eu do teu amor!
Mas se numa faísca
de arrependimento
Eu me jogar a vossa dor
Desgraçado eu estarei, incólume, desventurado,
perdido no tempo do estrago
forçado a sentir o meu calor
Calor que gela, gela a alma
O despertar da minha morte vos assombra
Meu corpo ébrio e fragil,
deitado como algo frugal
Frustrado e com os olhos rubicundos
cheios de lágrimas, por não ter ferido a dor
Dor eu te imploro, não me abandone
Ainda que eu não seja digno de te sentir...
venha até a mim!