O apocalipse sem João.

...Então vieram as trevas.

O sol desapareceu, ofuscado pelos maus pensamentos dos homens e mulheres da terra.

A humanidade se curvava diante da fragilidade que ela mesmo consquistou, diante das consequências dos seus atos.

Não soaram trombetas, mas temerosas consciências culposas, bradaram em uníssono, clamando silêncio.

Do céu desceram seres angelicais anunciando um juízo inicial, não o final.

Uma nova era se iniciava, a era do espírito.

Sem juízes nem demônios, apenas as consciências delinquentes se apontando no remorso e na loucura.

Crentes e fanáticos religiosos se atiravam de joelhos à sombra das própias culpas, criando seus mitos e aos gritos debandavam na loucura.

Oradores eloquentes emudeciam diante do veneno que absorveram deles mesmos durante tanto tempo.

O juizo inicial dos homens e mulheres que apontavam os defeitos alheios, agora se viam diante deles mesmos, agonizando na realidade, dura e cruel.

O caminho era esse, sem contrastes, sem mistérios, apenas o julgo dos injustos.

E quando tudo parecia perdido, entre o joio e o trigo, vieram as vozes de esperanças, ditas pelos humildes e sinceros de coração;aqueles que no anonimato e na humildade dos seus atos apostólicos, cumpriram seus papéis de homens de fé.

A fé que não removia montanhas, nem contas bancárias.

Mas a fé do fiel depositário dos seus atos cristãos, absorvidos pelo amor incondicional, aquele amor, que um nazareno há dois mil anos trouxe aos homens e mulheres de boa vontade.

Então se fez novamente a luz...

O colecionador de frases
Enviado por O colecionador de frases em 23/08/2008
Reeditado em 23/08/2008
Código do texto: T1142307