Crí-críticos.
Ah! Esses críticos que tudo sabem!?
Sabem?
Analisam friamente a escrita,
deslindam a métrica,
desesperam-se aos verbetes e aos verbos...
Friamente, sinalizam exageros!?
Exageros?
De quem ama sem limites e sem vergonha,
de quem ousa metáforas e sinônimos,
de quem versa melodicamente seus amores.
Ah! Esses críticos que tudo sabem!?
E sabem friamente.
Sem os argumentos e sentimentos de outrem,
sem as paixões e as ilusões;
sem os encantos e desencantos.
Friamente tramam o veredicto
e proclamam suas teorias clássicas:
“falta ao autor os conhecimentos básicos da literatura”...
Data vênia: Os teus sentimentos são escravos da prosódia?
Ah! Esses críticos que tudo sabem.