Eu sou tudo e o nada.
O que não mata fortalece
O que não ensina emburrece
O servo obedece
A mão que cava a cova apodrece
O lodo das escadas escurece
As unhas que arranham perecem
O amor que eu sentia não mais aparece
E o que de melhor para mim acontece
Sem problemas mais
Sem considerações pelos altos
Sem permissões aos baixos
Apenas o livre arbítrio dos humanos
Permanece ligado ao nosso cotidiano
Sem que o mesmo aconteça
Por falta de consideração dos que não amam
O sem sentimentos como eu
Apenas queremos o não querer da sociedade então
Para que possamos nos corresponder
Ao longo da história pelas cores e pelos sinais
Até que um dia tudo cesse
Pelo doce e sombrio pôr-do-sol do horizonte.