ESCURO EU

Mergulhei no mais profundo de mim

Em busca de luz, beber a luz...

Ou ser tragada por ela

Este escuro eu que me seduz.

Atiça-me às trevas obscuras

Arrasto-me em mim e não sei

Pra onde aponta a saída...

Perdi a conta dos passos que dei.

A luz me chama e não a vejo

Que emaranhado intrigante

Entro cada vez mais em mim

E me perco mais a cada instante.

Meu eu grita, mas é mudo...

Não há eco, não ressoa

Longe, bem longe há um ponto

Parece ser a luz de minha pessoa.

É o que sei, estou viva

Mas isso não me basta

Preciso ir além, adentrar

A escuridão de mim me afasta.

Tateando neste universo escuro

Vou tentando me encontrar

Sair das trevas, ser luz

Um pontinho só a iluminar.

Fátima Feitosa
Enviado por Fátima Feitosa em 07/08/2008
Código do texto: T1116805
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