A mais FATAL
FATALÍSSIMA...
Ei-la mui empoada
Rubra..abusada
Boca carmim
Negros cetins
Topando todas as paradas
Em danças alucinadas...
Mulher de..afiadas prendas
Mulher de funestas rendas
De muitas..profundas fendas
Mulher esperta e descarada..
Mulher que chega..na treita..
Que dá aos sonhos..as cartas
Mulher de fogos e de facas
Mulher..que te reduz a nada
Mulher que tramas intenta
No molejo.. sem meios pejos
Mulher lúgubre..de belíssimas jogadas
Que colhe da tua boca.. o viço.. no implorado e sangrento beijo
A Mulher.. dos teus narcisos desejos
A Mulher que cobra a entrada
A fêmea que do teu sangue se alimenta
Mulher mais que vil..mulher do teu inferno..a que nunca se contenta
Aquela que te atormenta
Aquela que você tanto lamenta
Mulher cínica..que te cobra..um grande amém
Que em sábia tirania..de ti exige..altos vinténs
Mulher de muitas contendas..prova cabal de que não te emendas
A mulher sanguinária
A mulher mercenária..
A mulher nunca serenada
A que te nem subentende
Que nem te ama.. a desonesta..pura e simplesmente
A que se faz..Santa.. Mulher Imaculada
Pero que
Estás numa grande cilada..
Tu entendes?
Isto de carta marcada?
Sinuca de bico..
E esse correr o risco..
Tu sabes a vala?
Então vá amigo querido..dê mais essa mancada...
Viva toda essa esbórnia..essa caindo de velha..tragédia anunciada....
Dorothy Carvalho