A mais FATAL

FATALÍSSIMA...

Ei-la mui empoada

Rubra..abusada

Boca carmim

Negros cetins

Topando todas as paradas

Em danças alucinadas...

Mulher de..afiadas prendas

Mulher de funestas rendas

De muitas..profundas fendas

Mulher esperta e descarada..

Mulher que chega..na treita..

Que dá aos sonhos..as cartas

Mulher de fogos e de facas

Mulher..que te reduz a nada

Mulher que tramas intenta

No molejo.. sem meios pejos

Mulher lúgubre..de belíssimas jogadas

Que colhe da tua boca.. o viço.. no implorado e sangrento beijo

A Mulher.. dos teus narcisos desejos

A Mulher que cobra a entrada

A fêmea que do teu sangue se alimenta

Mulher mais que vil..mulher do teu inferno..a que nunca se contenta

Aquela que te atormenta

Aquela que você tanto lamenta

Mulher cínica..que te cobra..um grande amém

Que em sábia tirania..de ti exige..altos vinténs

Mulher de muitas contendas..prova cabal de que não te emendas

A mulher sanguinária

A mulher mercenária..

A mulher nunca serenada

A que te nem subentende

Que nem te ama.. a desonesta..pura e simplesmente

A que se faz..Santa.. Mulher Imaculada

Pero que

Estás numa grande cilada..

Tu entendes?

Isto de carta marcada?

Sinuca de bico..

E esse correr o risco..

Tu sabes a vala?

Então vá amigo querido..dê mais essa mancada...

Viva toda essa esbórnia..essa caindo de velha..tragédia anunciada....

Dorothy Carvalho

Dorothy Carvalho
Enviado por Dorothy Carvalho em 06/08/2008
Reeditado em 13/05/2022
Código do texto: T1115040
Classificação de conteúdo: seguro
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