NO VALE DE OSSOS SECOS.

no vale de ossos secos,

morada de gogues,

um velho filósofo,

desolado,

chora, e chora, e chora.

a mão invisível reunifica:

põe tendões

põe carnes

põe peles

ergue templos

e serve, em taças de puro cristal,

o sangue dos oprimidos.

no vale de ossos secos,

há grandes muralhas:

impedem a independência

a emancipação

a Vida Plena.

no vale de ossos secos,

os Rios da consciência

desviam seus cursos.

no vale de ossos secos,

a Liberdade,

tão necessária,

é esfolada sutilmente.