ESPERANÇA ROMÃ

Reafirmo o ainda não inventado

entro no óbvio do tão inusitado

apago a esclarecedora escuridão

que ilumina o frio passado do não...

Aqueço um inexistir desabitado

liberto a pura e inocente carência

fujo do seu domínio desajeitado

seco a minha solidão de aparência...

O tempo já há tempos esgotado

de um relógio tão antigo parado

marca o nulo e lento compasso

de um caminhar tão sem passo...

Contemplo um presente tão ausente

sem chuvas de emoções prementes

profetizo um possível futuro seguro

pressinto cores e sabores diferentes...

De flores inebriantes e frutos maduros

que germinarão no pomar do amanhã

dos grãos rubis da doce esperança romã...

Wilson Madrid
Enviado por Wilson Madrid em 13/02/2006
Reeditado em 13/03/2007
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