Lembrança de Um Sonho.

Por várias dimensões viajei, eternidades procurei.

Inúmeras vezes conversei, conheci, observei, à estaca zero voltei.

Acreditei ter encontrado o que tanto procurava.

No passar dos dias, meses via que havia sido puro engano.

Continuei andando, em meus sonhos acreditando.

Na medida do tempo fui esmorecendo, o sonho ficou pequeno.

Um belo dia fui surpreendida por alguém encantado com a melodia.

Através do meu olhar assim dizia, não era melancolia nem poesia.

Olhos que são poesia viva de uma vida desejada esperada.

Com emoção o nobre coração embalava uma linda canção.

Foram momentos em construção do que havia-se perdido o sentido.

As palavras íam e vinham, nova melodia se construía.

As folhas secas, as margens cinzentas pelo tempo na solitude

Brotaram um lindo jardim, na primavera começou a florir.

Aos poucos tudo se construía, o amor brotou novo sonho de amor.

Da mesma forma que veio ele morreu sem se quer florescer.

Os sonhos se foram com o vento, as flores mucharam, o jardim secou.

Os dias passaram, as esperanças se acabaram.

O coração solitário voltou no tempo que parou.

O tempo não perdoou o coração se enganou.

Se constrói sonhos acredita-se que o amor é possível.

Os caminhos cruzados agora é passado.

A vida não é a mesma, as expectativas são outras.

O coração condenado a viver de uma lembrança do passado.

Escolhas foram feitas, o tempo não volta.

Eternizado com ele se foi um sonho desejado.

Não se pode dizer que nada se tentou.

O vento levou um sonho de amor.

Talvez nunca se saiba onde se errou.

O importante é saber que se tentou.