O Poeta e o Homem
Por enquanto, não mais, que quanto.
Nem menos, que quanto.
Apenas, por enquanto...
É Deus, não sou eu, que mando!
O que ficou foi o rastro do poeta.
Não do Homem, que a vida encerra!
É a verdade do tempo presente!
E o futuro? Surpreendente!
Não há conversa!
Nem, promessa!
Só o silêncio que versa!
Não se pode ter pressa!
O puro poeta não invoca o verbo ter!
Ele se faz, em ser...
o substantivo abstrato amor (sem ver)
O Poeta-Homem explora o verbo ter e ser!
Ele se faz, em ser e ter...
Aqui é o poeta, sem deixar, o Homem falecer...
Porque se ele só ter (ele deixa de ser)
O poeta, nesse instante irá morrer!
Dando lugar ao real viver!
Mas, o Homem, não quer deixar o poeta morrer!
E, entre, o sonho...
E, o real viver.
O Ser se faz Homem-Poeta e, não se deixa vencer!
Até, realmente, um eterno amor, (ele) reviver.
E o verbo ter, que esse Ser, um dia teve...
Há de voltar e, o sonho, se vencer
Na face real, de um amor eterno.
Para ele, feliz, ter e ser...
E, finalmente, na existência viva de ter...
o Ser, não irá deixar de ser!
Reverenciando, o puro amor.
Que, num mágico instante, ele contempla, sem ver!
Porque um poeta de verdade, jamais, deixa o seu lado poeta, morrer!