Do lado de cá
 
Escuto os rumores da vida,
estou no meu núcleo.
A música da existência,
minha trilha sonora oculta.
O perfume de estar sendo se espalha.
Uma dor que já não dói, incomoda;
mas nem tanto, não muito.
Fixo o cotidiano entre as pausas.
Retenho o inusitado na palma da mão.
Por alguma forma tão disforme que não explico;
a história continua apesar de, além de...
De repente as possibilidades se assomam,
as probabilidades se subtraem.
A fórmula nunca existiu.
As formigas caminham impávidas...
Seguem um ritual, ignorantes delas mesmas.