Cantiga ao mar
elisasantos
Na cantiga que entoei ao mar,
um colar de conchas fiei, ansiando um porto encontrar.
Fiz um castelo na areia, de onde os sonhos fitavam o horizonte,
depois voltavam, para a realidade abraçar
Segurei o sol com as mãos, da neblina protegendo-o,
e com chuvas banhei a sina, fazendo-me menina,
para deslizar sobre as ondas,
com remos de oliveiras e braços de Iemanjá.
Meu lá, lá , lá, rá um solo, a Oceanus,
era clamor e era súplica! Um canto de rede lançar!
Eis que se fez forte e nos braços da mãe d'água
meu lá, lá, rá , lá... De amor, azula ao ecoar.
para Maína
para Maína