Conversa com meu leitor! (ou leitora!)
Escrevo cada verso,
Como se fosse o último;
ou apenas o primeiro.
Tento fazer sempre o melhor
(Tento, ao menos, tentar)...
Há palavras que revelam
O mais íntimo de meu ser;
Há também, aquelas que nada traduzem...
Apenas estão ali... se unindo
Para que a poesia não morra.
Estranho é pensar que eu
Estou escrevendo esses versos;
EU.
Alguém comum. Só mais uma,
Em meio a tantos poetas e poetisas
Tão vivos, tão repletos de talento.
Não sei se alguém há de ler
Meus escritos... pois, sinceramente,
Eu não sou ninguém.
Minha vida é velha.
Eu sou muito nova.
E tenho consciência disso.
(As vezes, escrevo versos que
Não compreendo.
As vezes, as palavras seguem
Um curso tão desenfreado que
Simplesmente não consigo
Parar de escrevê-las.)
A poesia é interminável.
Pois o sentimento também é.
E se a poesia é sentimento,
E eu o possuo, e com ele a escrevo...
Então eu me sinto alguém.
Posso não ser a melhor poetisa,
ter os versos e rimas perfeitos...
Mas sempre me esforçarei
Para me testar; e dar sempre o melhor
De mim.
Sim, leitor (a) querido (a),
Se você chegou até o fim
Dessa minha poesia,
Se considere alguém;
(muito mais que eu).
Alguém o suficiente para
Sentir a poesia,
Como eu sinto...