O primeiro amor
Um amor cego
Só a saudade enxerga
verga o peso do nada
vê a sombra tornar mais claro
o medo de ser tarde
o fim de uma obra inacabada
Alheio ao filtro razão
Meu entendimento brilha no lago
Vago como a lua reflexa
Distorcida na superfície
Pelo movimento profundo
Do turvo que há em mim
Ora... é hora de pegar o trem
Não sou estação que me prenda
Sou bilhete de ida que não está à venda
Nasci clandestino determinado
Nessa trilha já parti
Vou como quem volta a enxergar o primeiro amor