O poeta não é o homem, 
Que escreve 
O poeta, esta figura enlevada 
Ë na verdade, a sua própria poesia
 
Explico: Uma vez no papel 
A poesia passa a ter vida e personalidade 
De quem é? De quem possa senti-la ! 
Se você sente, ela comove, ela emociona, ela brilha

A partir daí, ela trilha independente do homem
Pelos vales tortuosos da alma 
De outros homens 
Ao refletir suas vidas vazias 

Ao entrar no universo emocional 
Dos outros, ela ganhará outra dimensão
Ao fundir-se com os sentimentos de quem a leu 
Ela terá então, outro valor, não o que o autor nela via
 
Ela agora é luz e andará pelo universo para sempre
E como luz não haverá de ter dono, 
A estrela que a gerou é o homem 
Uma estrela, entre tantas, desconhecida e fria.
Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 06/07/2008
Reeditado em 06/07/2008
Código do texto: T1067926
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