A caverna iluminada das luzes que nunca ascendem!

Estrelada!

Grandiosa Caverna de nuvens e azul.

Talentoso Guardião do imaginário e do símbolo

Habita a morada dos tolos

Desalentos incompletos...

Desânimos e alegrias desembocam em ti.

Complexos seres que pensam di-vagar...

Encantamento do desencanado

Frouxos e lúgubres!

Absoluto rejeitado da materialidade,

Inflado com tudo de escassez!

Oh, Caverna!

Tempestuosa e eterna Morada dos sentidos,

Dos sentimentos mais puro-sujos,

Dos afãs mais decadentes!

Soa coisa, sopra vida,

Ativa morte descabida e desencantada.

Reaviva a majestosa inexistência.

Caverna das carências e das vãs-glórias,

Dos fúnebres velórios,

Dos confortos que a ti imploram!

Das misérias que a si consolam!

Nada de ti reina,

Teu tudo aqui jaz.

Ascendem a si próprios,

Aos seus estranhamentos,

À sua coisidade imaterial...

Tua Luz efêmera-ofuscante,

Existente no nada próximo-distante,

Confortante em inexatidões!

À Luz da iluminada Caverna,

Acesas sempre,

Ascendem nunca!