O que vem de dentro
Por vezes, torna-se difícil os dias que levo
...sem viver; sem sentir; sem me abrir.
Me lamento, me atormento, desespero.
Difícil desvencilhar-me da confusão; da ilusão; tormento.
Sinto na pele; a dor; a solidão; escuridão.
Assim como a flor, que desfalece no inverno;
me sinto nos dias deste inverno, me seguem, persegue o vazio de não ser nada dentro.
Só vento; chuva; frio; lágrimas
.. Assim me sinto por dentro. Vazio. Nada.
Parece não ter fim, e me pergunto muitas vezes se ainda estou aqui
ou simplesmente já morri de tristeza; desalento; incompreensão.
Todavia espero confiante o passar dessa névoa densa e frustrante.
Em verdade parece ser interminante; intermitente.
Ainda assim espero..
Não sei se por tolice ou compreensão, espero que ao passar desta densa floresta; sombria; gotejante, virá o pão; o trigo; o joio.
...ainda há esperança, confiança, perseverança.
Virá o verão; o calor; o abraço; o sorriso.
Este que espero, ainda alcançará minha'alma irradiante e ofuscante a procura de alento; alívio; momento.
.. o toque; o cheiro.
Incansável seguirei; resvalando; me erguendo.
Ao passo que vou sofrendo,
Sei que a qualquer momento sairei de aqui.
Chegarei ao clarão da vida, alegria ímpar, sabedoria, experiência.
Virá o dia, as rosas, a vida...
Luz sem fim!