Uma flor

Ás vezes encontro refúgio

No trem da alegria vil,

De manhã no diazepam,

Á noite no rivotril,

Ou vice-versa será?

Nem sempre me lembro, e já,

Penso que sou um tanto anormal.

Porém vejo que sou um gênio,

Com um gênio um pouco animal.

Nas minhas lágrimas lavo,

Os lábios que sorriem também

E revelam o que em mim há.

Perante injustiças não travo

E se erro no compasso,

Na rima sou singular.

Nem confusa, nem decidida.

Vorazmente devoro a vida

E tudo que ela contém.

Sentindo na pele as dores,

De ser quem sou.

Vejam as flores quantos espinhos tem.

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 26/06/2008
Reeditado em 22/03/2017
Código do texto: T1052207
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