Há quem me conquiste?
São aqueles mesmos rostos de sempre
esperados e previsíveis em minha frente
nada de singulares, todos comuns, quase iguais
de características pobre e gritantemente triviais.
Não se destacam na multidão,
parecem-me realmente uma massa
homogenia e uniforme
e de forma apenas tolerável.
Seria-me honorável
perceber alguém que se destaque por si só, um instante,
sem trejeitos ensaiados ou articulados
apenas de uma espontaneidade inocente e intrigante.
Mas é tão difícil de encontrar
que se de certo ouvisse um alarido
de alguém com esse porte
não seria-me sorte,
pois titubearia em acreditar
e ausentaria os ouvidos.
Mas cá estou eu, como qualquer pessoa e sua rotina,
com uma ansiedade que desatina e minha caneta,
pronta e a espera de algo que me atice a atenção
e enquanto não chega
cuido para que minha imaginação,
me forneça.
*Deixo aqui clara a explicação de que os "rostos" que cito neste escrito não é a face da pessoa, a cara, mas sim a forma com que ela se apresenta, por isso no decorrer do poema não cito beleza física ou coisa do tipo mas sim algo relacionado a atos, personalidades, características de comportamento, é a isso que me refiro.
Espero que quem ler, compreenda.
Abraço!