Há quem me conquiste?

São aqueles mesmos rostos de sempre

esperados e previsíveis em minha frente

nada de singulares, todos comuns, quase iguais

de características pobre e gritantemente triviais.

Não se destacam na multidão,

parecem-me realmente uma massa

homogenia e uniforme

e de forma apenas tolerável.

Seria-me honorável

perceber alguém que se destaque por si só, um instante,

sem trejeitos ensaiados ou articulados

apenas de uma espontaneidade inocente e intrigante.

Mas é tão difícil de encontrar

que se de certo ouvisse um alarido

de alguém com esse porte

não seria-me sorte,

pois titubearia em acreditar

e ausentaria os ouvidos.

Mas cá estou eu, como qualquer pessoa e sua rotina,

com uma ansiedade que desatina e minha caneta,

pronta e a espera de algo que me atice a atenção

e enquanto não chega

cuido para que minha imaginação,

me forneça.

*Deixo aqui clara a explicação de que os "rostos" que cito neste escrito não é a face da pessoa, a cara, mas sim a forma com que ela se apresenta, por isso no decorrer do poema não cito beleza física ou coisa do tipo mas sim algo relacionado a atos, personalidades, características de comportamento, é a isso que me refiro.

Espero que quem ler, compreenda.

Abraço!

Camila Trideli
Enviado por Camila Trideli em 24/06/2008
Reeditado em 24/06/2008
Código do texto: T1048978