Realeza aparente
A justiça acena obscenidades,
Em discursos fátuos libidinosos
De um sistema viciado.
Somos mera confluência habilidosa.
Na realidade deturpada,
Belezas vazias determinam gotas de chuva,
Orvalho pulverizado de vaidades aquecidas.
Somos seres inabitáveis.
Serve luta, serve mando.
A amizade é um ciúme envaidecido,
Que luta pelo amor reprimido.
Todas as casas estão vazias.
E nesta monarquia contextual,
Nesta realeza aparente,
Somos consumidores descartáveis.
Amai-vos uns aos outros.