carta de alforria
De onde vem esse guerreiro
Com essas chagas na alma;
Com essa marca no corpo?
Toca batida em terreiro.
Toca o moinho de cana
Acende nos olhos a chama
Daquele amor primeiro
Não deste agora que engana.
Canta, Sinhá no engenho
O hino dos filhos de Cam
A liberdade é o prêmio
Que será sina triste amanhã.
Assina a carta, a princesa
Deixa em cima a vela acesa
E no final da manhã
Uma cinzenta surpresa.