Reiterando divagações

Eclipse assíncrono.

A quase existência de um fato,

Mesmo na ausência do acontecido,

Segue-se sustenido.

Somos seres frágeis do destino

Mal controlamos algumas variáveis

Ainda penso que sou causa

do efeito de ter nascido.

Não acredito na escrita em vácuo existencial

Devo sentir o leve desconforto

A grande surpresa de um fluir inusitado

Apenas palavras profundas abaixo da epiderme.

O poema dá a sua picada

Coça emotivamente

E quem sabe faz ferida nos desejos.

Não que seja expelido

Palavras são absorvidas.

Existe muito a se dizer

Ainda há tanto a se pensar...