Preciosos Pensamentos Prosaicos
A luz dos pensamentos é a mesma luz que há na alma...
Na alma, há a reflexão do ser e a moldagem dele...
Espiritual, mas que chega à mente que vem acalma,
O pensar é de acordo com a alma e ele será nele;
Ter alma pura e branda dá o siso ledo em sua calma,
E quando sua alma repousa a luz que há nela não apaga,
Ela apenas se torna moribunda preguiçosa no seu ser,
E deixa o ser assim enquanto descansa para anoitecer;
Quando se sonha se pensa e não há nada disso que paga
O sossego da alma que no pôr-do-sol de si se repousa.
A virtude é o pensar brando e sisudo ao ente casto...
Amar é pensar com o coração e com a arte da mente...
No amor verdadeiro, ninguém pode ao outro mente...
Amar é um sentimento doce e casto e é também vasto...
Amar pode ser mental, porém poderá ser sombrio...
Não use a mente só; faça o coração usá-la ao bem,
Não se esqueça que importa sempre o outro também;
A arte do combinar traz harmonia, e não deixa frio,
Nunca se esqueça que importa sempre a sua ação,
A arte de amar faz bem para quaisquer dos seres,
Nunca se esqueça: amar faz bem p’ra alma, à mente e coração.
Pensar faz com que tudo se torne-nos sóbrio e perfeito,
Pois uma mente lapidada é uma mente limpa e organizada,
Para compreender-se é fácil; a sua alma a faz liada,
Porque se é para si você fará para ti o que tem feito,
E descobrirás porque de si você para ti fará tanto efeito...
Encontrar-se mesmo em poucas linhas é descobrir que está bem,
Enquanto a alma descansa, você descansa simplesmente também...
Esquecer-se é lembrar-se que se lembrar é também esquecer,
Nem sempre o pensar faz tudo perfeito; às vezes, não querer,
Nem pensar é o melhor; forças ocultas existem com a meditação...
Nunca pense só com a mente: pense com ela, a alma e o coração.
Um cosmo puro e casto para pensar límpido vasto...
Pureza de mestre, pureza da sabedoria e experiência...
Precisão no andar, no falar, no olhar; no escrever casto,
Charme com palavras raras e simplesmente com sapiência;
Arte da mente para criar as cousas com a sua paciência
Num vasto universo infinito saber pôr limites e não limites...
Saber ser calmo e neutro como o vento que leva as folhas,
E as flores a um lugar qualquer; não é qualquer que imites:
Ser leve como a alma feliz e culta, ser como umas bolhas:
Basta treinar, praticar e usar; há sempre um mestre que acredite.
Pensar é uma calmaria perante arte e calma de si
Pensar por pensar, leveza d’arte branda da qual delicadeza
Quando se se mata para pensar perde-se a arte da leveza
E isso é uma arte que não podes nunca perder de ti
Então a arte de pensar faz que adormeça e te cairás
Como num paraíso sairás, é este que está em cada ser
A mesma arte e artifício calmos fazem com que se acalmará
É como se um espírito viesse e a ti docemente te beijarás
E esquecer-te-ás, por um tempo sairás, e um beijo doce a despertará.
A magia da meditação que é como um nobre sonhar
Meditar é não pensar, sonhar também e ambos da mesma arte,
Embora ambos precisem pensar em nada, portanto podem pensar...
Portanto podem ter algo não sendo, mas que é uma parte;
Como de nada é nada, nada dá nada, de nada nada se reparte...
Pensar também nada pode ter; basta poder pensar em nada,
Já que pensar tem o supremo e o ínfimo para poder pensar
Quaisquer coisas podem ser planejadas sempre que for pensada,
Seja antes, seja depois, seja agora, seja que seja quebrado
Quaisquer coisas que usem a mente e outras coisas p’ra imaginar:
Como a alma e o coração são mentes e produzem a ser pensado.
Usar a mente é um mistério, mas pode ser algo simples
Assim como é simples relaxar-se numa tarde
Ou dormir numa noite; porém é estar acordado...
Às vezes, pode-se sonhar dormindo, mas acordado não tarde
A sonhar, às vezes, também; basta estar relaxado...
Contudo, quando atento, a mente está disposta a pensar...
Este mudar de comportamento da mente é um mistério...
É como se tudo isso fosse apenas um nobre meditar
Que pode ser feito apenas de um nobre ato singelo...
Não é muito imaginar que se conseguirá algo mínimo...
Basta fazê-lo simplesmente e tornar-se-á casto e belo.
Pensar comum da mente é igual à calmaria do campo,
Suave e terno, quase como um cochilo vespertino...
Assim como a natureza parece em si um doce sonhar,
Delicado como a harmonia das coisas e o destino...
Não é tolo dizer que a natureza vem do imaginar,
Já que a mente é capaz de criar coisas doces
E também de ter em si coisas que a natureza cobre
De profundo mistério e magia como misteriosas posses...
É simples e singelo é dizer como a natureza é nobre...
E transformar-se nela com a mente é simples que a fosses.
(Angellus Lendarious)