O rio
O sol da manhã clareia o céu limpo e ilumina a água marrom
A cheia da chuva de ontem deixa as margens com praias de plástico e outros dejetos
Refrigerantes
Fraldas
Sacolas
Roupas
Pneus
Pedaços de boneca
Um rato morto
Na marginal os carros passam com pressa, ignorando o cidadão que tem como casa uma lona pendurada numa árvore cujas raízes tocam a água
Nas pedras do leito alguns cágados tomam
Faz calor, o cheiro podre sobe dos canos de esgotam que lá desovam
Um colchão velho navega ao sabor da correnteza