Outono II
Que grandes os plátanos que neste jardim
Começam a perder suas folhas alaranjadas;
Que, desnuda, e cheia de cardeais e pombas,
Anuncia a chegada da melancólica estação.
É outono, e meu pátio, que em doce alegria
Assiste ao sol que débil na manhã se alarga;
E o vento que rebenta num dia de céu claro,
Traz consigo as nuvens carregadas de água.
Os álamos dançam no ritmo da aragem;
O silêncio nas ruas é quase completo;
O início de um friozinho que nos é caro,
Colocando o poeta à rua, a produzir versos.
Foge, Ó verão, e deixa que teus irmãos
Pintem estas ruas de prata e vermelho;
Que outono e inverno temos por diante,
E depois tu retornas, confiante e pagão!