SERTÃO E POESIA

Eita, como gostaria aprender dançar forró.

De vaquejada não sei nada.

Nunca andei de cavalo.

Pegar boi brabo pelo rabo

E joga no chão.

E locutor dizendo valeu boi.

Mas, no fundo da alma, eu sei.

O sertão me chama e eu me sinto em casa

Eu amo o sertão.

Ouvir o mugido grave do boi

Sentir o aroma terroso do curral.

E fartura que tem de montão.

E quando a chuva chegar?

Que coisa de linda de se vê.

Enche nossos olhos .

A força da natureza, como um pintor divino, pincela tons de verde sobre.

A tela cinza da caatinga,

Apagando a tristeza do sol.".

Hum! mais logo nas primeiras chuvas.

Eu fico de imaginar.

Como pode isso acontecer

Tão rápido, como toque de mágica

O verde das plantas parecer

Já muda as paisagens do sertão

Aí, você vai vendo.

Como a chuva traz vida.

Tudo se notifica.

O cheiro da terra molhada.

O barulho da água correndo.

Os cantos pássaros.

Oh! Sertão abençoado.

E quando chega a noite.

Ouvimos uma orquestra.

De uma lado os sapos e rãs cantarola.

De outro lado os grilos.

Todo silêncio da noite é tomado

Por um coro noturno afinado.

Gilson Cesário
Enviado por Gilson Cesário em 18/03/2025
Reeditado em 18/03/2025
Código do texto: T8288701
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