SERTÃO E POESIA
Eita, como gostaria aprender dançar forró.
De vaquejada não sei nada.
Nunca andei de cavalo.
Pegar boi brabo pelo rabo
E joga no chão.
E locutor dizendo valeu boi.
Mas, no fundo da alma, eu sei.
O sertão me chama e eu me sinto em casa
Eu amo o sertão.
Ouvir o mugido grave do boi
Sentir o aroma terroso do curral.
E fartura que tem de montão.
E quando a chuva chegar?
Que coisa de linda de se vê.
Enche nossos olhos .
A força da natureza, como um pintor divino, pincela tons de verde sobre.
A tela cinza da caatinga,
Apagando a tristeza do sol.".
Hum! mais logo nas primeiras chuvas.
Eu fico de imaginar.
Como pode isso acontecer
Tão rápido, como toque de mágica
O verde das plantas parecer
Já muda as paisagens do sertão
Aí, você vai vendo.
Como a chuva traz vida.
Tudo se notifica.
O cheiro da terra molhada.
O barulho da água correndo.
Os cantos pássaros.
Oh! Sertão abençoado.
E quando chega a noite.
Ouvimos uma orquestra.
De uma lado os sapos e rãs cantarola.
De outro lado os grilos.
Todo silêncio da noite é tomado
Por um coro noturno afinado.