Outono
As flores caem, Isabella, elas caem,
E o sol tem cores mais sombrias,
A estação vem tal é nosso coração,
Um verão alegre que ficou no ontem...
Demos boas-vindas ao outono!
Que vem sem pressa sobre a coxilha,
Tingir a relva em neutras cores,
Trazer ao pasto a chuva fina.
Dá-me tuas mãos que andemos livres,
Tais dois cervos a pular felizes;
Com lágrimas manchemos o chão do bosque,
Para regarmos os brotos e as raízes.
Cantemos hinos aos pardais despertos,
Na manhã gelada que logo nasce;
Quebremos a geada que mal se dissipa,
Aos raios firmes do sol de hoje.
Suspiremos sem vergonha nem esperança;
Sejamos nós apenas e isto baste,
Que outono é amigo dos sofredores,
Dos poetas e dos cantores.