Cubuacá, na boca do Uatumã.
Todos os anos quando menino, viajava
No tempo do fábrico da castanha
Quando em férias da escola, meu pai me levava
Ao lugar chamado Cubuacá
Lugar onde a natureza floresce
E que jamais esqueci de lá.
Gostava muito de ir a esse lugar
De muito encanto e beleza
Não via a hora de embarcar
Hoje, sinto muita saudade
Daquele lugar com muita praia e selvagem
Onde a mata virgem norteava
De água preta bem límpida
Que com o brilho do Sol espelhava.
Os apetrechos de pesca, levava
Quando os mateiros entravam na mata
As vezes no barco ficava
E da popa do barco Douro
Com a linha e anzol eu pescava.
Na hora do almoço haja fartura
Cozido e assado de carne de caça
Como Jabuti, Veado, Caititu...
Peixes como Sardinha, Tucunaré, Matrinchã, que eu puxava
Aruanã, Aracu e Pacu.
Eu acompanhava os mateiros
Ao adentrar nas matas
Junto com o cachorros nossos fieis companheiros
De bota, chapéu e espingarda
Com todo cuidado para não ser atacado
Por uma Cobra ou uma Onça, o que aparecer
Tudo o que pudesse nos surpreender
Nesse lugar agreste, lindo e encantado.
São doces momentos vividos
Porém, que me trazem lembrança
Saudade rica da minha infância
Nunca mais esquecido
Hoje, ao meu pai sou grato
Por me ter mostrado esse lugar
Um dia hei de voltar com muito agrado
A visitar o nosso querido Cubuacá.
Hoje, meu pai já se encontra na morada eterna, porém o agradeço por me levar a lugares agrestes, caçadas e lagos.
Mao, 13/01/2024.
Poeta urucaraense.