NA ROÇA
Que belo e fascinante amanhecer!
Submerso num espaço vasto e solitário
Abalizado em uma constante e confiante segurança
Seguro em uma tranquila e serena paz
Flores na sua saliência espergem sua tenra fragrância.
Nos altos galhos, trina o estridente som da cigarra
Colho e desfruto o resultado da farta semeada
Nada me preocupa, nada me amedronta
Animais se aproximam insinuando uma breve amizade
Anoiteço e amanheço em paz, já que nada me afronta.
Tudo vejo, tudo ouço, nada enjoa, nada incomoda
Ar puro pra respirar, no bangalô ou na palhoça
Terra fresca, rio perene, vasta pastagem, curral, carroça
É leite quente, é batata, é aimpim, fruta pão e mandioca
Só quem viveu e vive não muda, não distorça
Por tudo isso, afirmo e endosso: " como é bom viver na roça ".
Jonas Martins.