342°

Por muito tempo evitei o espelho

Um espectro fétido e asqueroso

Com medos e receios sobre a vida

Enclausurado nas relações supérfluas

Um cidadão de muita leitura e pouca ação

Abreviando a vida em palavras rabiscadas

Dando sentido nulo ao sentimento

Um atlas que não segura o mundo

Caído no chão das explorações

Sentimentalista de vocabulário em construção

Evitando o contato físico

Para viajar no campo da imaginação

Reflito o reflexo dos pensamentos precoces

Saio da inercia para caminhar na escuridão

A luz no fim do túnel é o sol da solução

Olhei para o espelho na semana passada

E o deixei em pedaços

Partido por minhas elucubrações

Estava louco quando fiquei sã

São assim que se começa as loucuras.

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 18/02/2025
Reeditado em 18/02/2025
Código do texto: T8267771
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