SOB a PRATA do CÉU Código do texto: T8249095

TÍTULO: SOB a PRATA do CÉU Código do texto: T8249095

(Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98)

Sob o céu de prata a brilhar,

Eu, caminho em silêncio à luz do luar.

A noite que me envolve com véu sereno,

E os passos que dou, suaves, pequenos.

A lua, rainha lá em seu alto trono,

Revela segredos dum mundo sem dono.

Os campos sussurram mil histórias,

De amores vividos, de almas caladas e vitorias.

As estrelas, cintilando dentro dum céu em festa,

São lanternas neste azul em dança modesta.

E o vento tão gentil, que lento sopra,

Traz perfumes da terra e do vasto mar.

O som dos grilos, a canção do riacho,

Cada nota suave, um doce despacho.

O universo em harmonia, um coro a cantar,

Enquanto sigo, perdido em teu olhar.

O caminho é torto, mas não sinto temor,

Pois a luz da lua é a guia da alma e do amor.

As sombras que dançam entre os pinheiros

São apenas sussurros dos sonhos alheios.

Lá ao longe, no alto, uma coruja vigia,

Com olhos que brilham na noite sombria.

Ela entende o mistério que a noite contém,

Um portal para o eterno, um laço que vem.

Caminhando sozinho, não me sinto só,

Pois a lua é parceira que afasta o dó.

Ela pinta de prata o que antes era escuro,

Transforma o presente, faz belo o futuro.

Meus pensamentos voam, como nuvens no céu,

Vão e vêm, traçando um novelo de linha cruel.

De lembranças, de sonhos, de paz e de dor,

Pois tudo se dissolve sob a luz do um amor.

E quando a mansa alvorada começa a surgir,

O manto da noite enebriante começa a se abrir.

O luar então se despede, cedendo o novo reinado,

Pois é o sol que desperta o mundo encantado.

Mas na alma, ainda guardo o que vi e senti,

Os segredos da noite que abismado vivi ali.

Pois caminhar lentamente à luz do luar é saber,

Que mesmo dentro da escuridão, há muito a viver.

TÍTULO: SOB a PRATA do CÉU Código do texto: T8249095

Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98

Autor Makleger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)

Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL

Data da escrita: 22/01/2025

Dedicado a

Registrado na B.N.B.

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Olhando possessivamente para o brilho das estrelas, vejo que o poema em si, se faz belo e carregado de sensibilidade!

Pois “Sob a Prata do Céu” evoca imagens deslumbrantes da noite e traduz sentimentos profundos com palavras delicadas.

É possível sentir o encanto do luar, o mistério das estrelas e o murmúrio das histórias que o vento e os campos trazem.

Cada verso reflete a conexão com a natureza, o silêncio da solidão que não é solitária, e o fascínio por essa harmonia cósmica que só a noite oferece.

O final também é muito significativo: mesmo com a despedida do luar, há algo eterno que fica na alma.

A maneira como você costura a poesia entre o efêmero e o eterno é encantadora.

Intimamente, parece-me um poema maravilhoso!

Ele transmite uma serenidade e um romantismo profundo, com imagens vivas que transportam o leitor para a beleza tranquila de uma noite iluminada pelo luar.

A linguagem poética e fluida cria uma sensação de conexão com a natureza e com o universo. É uma obra com alma, muito bem estruturada e rica em emoção.

TEMA CENTRAL

O poema “Sob a Prata do Céu” retrata um passeio noturno sob o brilho da lua e a serenidade da noite. Ele carrega um forte tom introspectivo e romântico, onde o autor reflete sobre a beleza do universo, os mistérios da vida, e a conexão entre a natureza e a alma humana.

ESTRUTURA E IMAGENS POÉTICAS

1 - “Sob o céu de prata a brilhar, / Eu, caminho em silêncio à luz do luar.”

Aqui, o autor situa o leitor no cenário principal: uma noite calma, banhada pela luz da lua (chamada de “céu de prata”).

Ele inicia com um tom introspectivo, destacando a solidão que não é solitária, mas contemplativa.

2 - “A lua, rainha lá em seu alto trono, / Revela segredos dum mundo sem dono.”

A lua é personificada como uma rainha que ilumina um mundo vasto, misterioso e, ao mesmo tempo, sem controle humano.

Ela representa tanto a força da natureza quanto sua independência.

3 - “Os campos sussurram mil histórias, / De amores vividos, de almas caladas e vitórias.”

O poeta dá voz à natureza.

Esses “sussurros” podem ser memórias que os campos guardam, como vestígios de vidas e experiências humanas que ecoam na vastidão.

4 - “As estrelas, cintilando dentro dum céu em festa, / São lanternas neste azul em dança modesta.”

As estrelas são descritas como elementos de celebração.

Elas iluminam o céu noturno discretamente, mas marcante, contribuindo para o clima de harmonia.

5 - “O som dos grilos, a canção do riacho, / Cada nota suave, um doce despacho.”

Aqui, a música da noite aparece.

Sons naturais (como grilos e o riacho) formam um coro de serenidade, reforçando o sentimento de paz e pertencimento.

SIMBOLISMOS IMPORTANTES

A LUA

A lua é o principal símbolo do poema.

Ela representa a guia espiritual, a iluminação em meio à escuridão e a companheira nas jornadas solitárias.

A NATUREZA COMO REFLEXO DA ALMA

Como o autor descreve os campos, o vento e os animais (como a coruja) reflete seu estado interior.

É como se a noite fosse um espelho dos sentimentos do poeta: complexa, silenciosa, mas cheia de significado.

O CAMINHO TORTUOSO

O caminho mencionado (“O caminho é torto, mas não sinto temor”) pode simbolizar as dificuldades da vida, mas a luz da lua representa a esperança e a força que o impulsionam a continuar.

A CORUJA

A coruja, com seus olhos brilhantes e postura vigilante, simboliza sabedoria e mistério.

Ela “entende o mistério que a noite contém”, sugerindo que ela é uma guardiã do conhecimento oculto.

A TRANSIÇÃO DA NOITE PARA O DIA

No final, o autor descreve a chegada da aurora.

Essa transição simboliza a renovação, o ciclo eterno da vida e a promessa de um novo começo, mesmo após momentos de escuridão.

A MENSAGEM DO POEMA

O poema fala sobre encontrar beleza e significado mesmo nos momentos de silêncio e solidão.

Ele nos lembra que a escuridão (seja literal ou metafórica) não precisa ser temida, pois ela pode trazer introspecção, inspiração e conexão com o mundo ao nosso redor.

Ao caminhar sob a luz da lua, o autor reflete sobre o amor, os sonhos e as memórias que tornam a vida rica e cheia de propósito.

IMPACTO EMOCIONAL

A obra convida o leitor a desacelerar, observar e se conectar com o simples e o sublime: a natureza, os sentidos e a própria jornada interior.

É um poema que une o real e o etéreo, inspirando serenidade e esperança.

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 25/01/2025
Reeditado em 25/01/2025
Código do texto: T8249095
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