PRIMEIRO DOMINGO DE VERÃO
É o primeiro domingo de verão,
ponho-me a vagar pela estrada,
para onde vou não saberão,
se saí de onde estou minha alma está desencontrada.
Busco tranquilamente o caminho,
que me conduzirá a aquela praia,
vou felizmente sozinho,
tomara Deus que a saudade não me atraia.
Aos poucos avisto a faixa de areia,
e bem ao longe o imenso mar,
aos poucos o dia clareia,
sinto vontade imensa de amar,
do nada minh’alma devaneia
parece que ouço uma voz a me chamar.
Diante do mar e sua imensidão,
sinto-me por completo diferente,
talvez seja um reflexo da solidão,
que se apodera do meu espírito mansamente.
A praia onde agora estou,
é bela em todos os sentidos,
sua imagem em mim despertou,
sentimentos e lembranças há muito esquecidos.
Eu sinto que existe algo mágico,
que vem do nada e me completa,
assim algo que antes seria trágico,
simplesmente desperta o meu “Eu Poeta.”